Alta do dólar tem ajudado setor têxtil
A brusca variação do dólar virou um tormento para vários setores da economia brasileira, que viram seus custos subirem da noite para o dia. Para o setor têxtil, no entanto, a cotação da moeda americana em R$ 2,30 é positiva por duas formas: ajuda nas exportações e impede uma enxurrada de produtos chineses aqui no Brasil.
De acordo com o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Aguinaldo Diniz Filho, de janeiro a novembro as importações cresceram 24,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já em dezembro, refletindo a alta da moeda americana, houve queda de 2%.
- O dólar a R$ 1,50 tirava a nossa competitividade e também de outros setores da economia. Agora, o patamar de R$ 2,30 parece estar mais próximo do equilíbrio. Isso tem ajudado a evitar uma enxurrada de produtos estrangeiros, principalmente chineses. Os importadores estão mais cautelosos. Preservar nosso mercado interno é fundamental para sairmos bem da crise - explicou Diniz.
Mesmo com a queda do comércio global, o setor têxtil está de olho nos mercados americano e europeu que movimentam cerca de US$ 240 bilhões por ano. A meta é aproveitar o ganho de competitividade com a desvalorização do real para conquistar mercados.
Sobre a situação do emprego, Aguinaldo disse que os números devem ser ruins no último trimestre do ano passado e início deste ano, como em quase todos os outros setores da economia brasileira. Mas ele ressalta que esse é pior período do ano para a indústria têxtil e que ainda ficará difícil dizer com certeza o que é efeito sazonal e o que é efeito da crise.
- Vender roupa neste período de ano é omo vender picolé no inverno. Somente a partir da segunda quinzena de janeiro é que o comércio começa a se planejar para fazer novos pedidos. Aí saberemos com mais clareza como estão os dados - explicou.
veja mais no Blog da Míriam Leitão: www.mirianleitao.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário